quinta-feira, 16 de junho de 2011

Usando corretamente os SINAIS DE PONTUAÇÃO

VÍRGULA ( , ) assinala uma pequena pausa. Emprega-se nos seguintes casos:
Para separar orações justapostas sem conectivo. Exemplos da Bíblia: “Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda” (Sl. 23:5). / “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Tm. 4:7). / “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Co. 13:7).
Para separar elementos de uma enumeração. Exemplos da Bíblia: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl. 5:22). / “Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura” (Mc. 7:21, 22).

Para separar elementos explicativos (ou seja, a saber, isto é, por exemplo, além disso, então, aliás etc.). Exemplos da Bíblia: “Porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (1 Co. 11:2b). / “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum” (Rm. 7:18a). / “Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo” (1 Co. 14:10a). / “Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, rompem-se os odres, e entorna-se o vinho” (Mt. 9:17a).
As intercalações devem ser colocadas entre vírgulas. Exemplos da Bíblia: “E Estevão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At. 6:8). / “Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso” (Hb. 4:3a). / “Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios” (Rm. 5:6).
Para separar as conjunções adversativas (todavia, contudo, entretanto, mas etc.). Exemplos da Bíblia: “Sabei, contudo, isto: já o reino de Deus é chegado a vós” (Lc. 10:11b). / “Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal” (Mt. 5:39a). / “E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento” (1 Rs. 18:45a). / “Se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus” (2 Co. 5:3). / “A ciência incha, mas o amor edifica” (1 Co. 8:1b).
Para separar as conjunções explicativas (pois, portanto, logo etc.). Exemplo da Bíblia: “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou” (Gl. 5:1a).
Para separar, nas datas, o nome da localidade. Exemplo: São Paulo, 18 de fevereiro de 2011.
Para separar o nome da rua (avenida, praça, alameda) do número nos endereços. Exemplo: Praça da Bíblia, 101.
Para separar termos paralelos dos provérbios. Exemplos da Bíblia: “Quanto maior a altura, maior a queda”. / “Quem ama o feio, bonito lhe parece”. Exemplo da Bíblia: “Olho por olho, dente por dente” (Lv. 24:20).
Para separar pleonasmos ou palavras repetidas. Exemplos da Bíblia: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome?” / “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados!” (Mt. 7:22a; 23:37a). / “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Sl. 22:1a). / “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” (Jo. 3:5).
Para separar vocativos (chamamento, invocação). Exemplos da Bíblia: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória” (Sl. 24:7).
Para separar alguns apostos (palavra ou frase que explica um ou vários termos expressos na oração). Exemplos da Bíblia: “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim” (Lc.18:38b). / “Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus” (1 Co. 1:1a). / “Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” (At. 3:6b). / “Vós, mulheres, estai sujeitas a vossos próprios maridos, como convém no Senhor. Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não vos irriteis contra elas. Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor” (Cl. 3:18-20).
Para assinalar a omissão do verbo ou de palavra (elipse): Exemplo da Bíblia: “E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias ou um dos profetas” (Mt. 16:14).
Para isolar expressões de sentido explicativo ou corretivo. Exemplos da Bíblia: “Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significação” (1 Co. 14:10). / “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum” (Rm. 7:18a).
Para separar as orações adjetivas explicativas. Exemplos da Bíblia: “Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito” (2 Co. 7:6). / “Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dentre os mortos, segundo o meu evangelho” (2 Tm. 2:8). / “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo. 1:29). / “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mt. 5:6).
Quando numa oração houver dois sujeitos separados pela conjunção “e”, a vírgula é necessária para evitar ambigüidades. Exemplo: João foi à igreja, e Maria foi ao cinema. Exemplos da Bíblia: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo. 8:32). / “Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo” (1 Co. 4:10a). / “Pois a tua misericórdia é grande até aos céus, e a tua verdade até às nuvens” (Sl. 57:10);
Separa, na Bíblia, versículos seqüenciais. Por exemplo: Gn. 1:1, 2; Gl. 4:3, 4).

A vírgula não deve ser usada nos seguintes casos:
Entre o sujeito e o verbo, entre o verbo e o seu complemento. Sendo assim, não se deve escrever, por exemplo: “Os inimigos da pátria, foram todos derrotados”. / “Maria, foi fiel ao esposo até morrer...” / “As pessoas devem seguir, sempre pelo caminho da verdade”. Grafa-se corretamente: Os inimigos da pátria foram todos derrotados. / Maria foi fiel ao esposo até morrer...... / As pessoas devem seguir sempre pelo caminho da verdade (tudo numa taca só, sem vírgula). Exemplos da Bíblia: “E outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (Mt. 19:24). / “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco” (1 Ts. 5:28).
Como regra geral, não se deve usar vírgula antes da conjunção aditiva “e”. Exemplo da Bíblia: “E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas” (Jo. 2:2). Porém, quando se quer enfatizar ou realçar idéias conotativas, ou quando este “e” é repetido de forma enfática, a vírgula pode ser necessária. Exemplos da Bíblia: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo. 1:1). / “Ainda uma vez, daqui a pouco farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e a terra seca” (Ag. 2:5b). / “E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda” (Mt. 7:27).

PONTO E VÍRGULA
( ; ) – emprega-se o ponto e vírgula, nos seguintes casos:
Para separar orações coordenadas muito longas, nas quais há unidade de sentido, ou que tenham aspectos em comum, por exemplo, o mesmo sujeito, o mesmo verbo, a mesma estrutura etc. Exemplos da Bíblia: “Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto” (Mt. 5:34-36).
Para separar os itens de uma lei, de um estatuto, de um decreto, de uma sentença etc. Exemplo:
Art. 1o São as seguintes as modalidades de certidões a serem expedidas pelas Juntas Comerciais:
I - Simplificada;
II - Específica;
III - Inteiro Teor.
Separa, na Bíblia, capítulos e livros
. Por exemplo: Mt. 1: 1-5; 10:23; Gn. 1:2.

DOIS PONTOS
(:) – É usado nas seguintes situações:
Assinalar uma citação, uma fala, um esclarecimento ou uma enumeração. Exemplos da Bíblia: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo. 14:6). / “Há três coisas me maravilham, e a quarta não a conheço: o caminho da águia no céu, o caminho da cobra na penha, o caminho do navio no meio do mar e o caminho do homem com uma virgem” (Pv. 30:18, 19). / “Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão” (Mt. 10:2). / “Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido (1 Pe. 2:6).
Separar, na Bíblia, o capítulo do versículo. Por exemplo: Pv. 2:4; Is. 6:8.

PONTO DE INTERROGAÇÃO
(?)
Emprega-se no fim de uma frase interrogativa, assinalando uma pergunta direta. Exemplos da Bíblia: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?” (At. 16:30b). / “Mulher virtuosa quem a achará?” (Pv. 31:10a). / “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” /“Quem nos separará do amor de Cristo?” (Rm. 8:31b, 35a). / “Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? / Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (1 Co. 1:20; 15:55).

PONTO DE EXCLAMAÇÃO
(!)
Emprega-se no fim de qualquer frase, expressando sentimentos, emoções, dor, tristeza, alegria, surpresa, ironia, admiração, súplica etc. Exemplos da Bíblia: “Oh! quanto amo a tua lei!” (Sl. 119:97a). / “Ah! se alguém pudesse contender com Deus pelo homem, como o filho do homem pelo seu amigo!” (Jó 16:21). / “Miserável homem que eu sou!” / “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!” (Rm. 7:24a; 11:33).

RETICÊNCIAS
(...) – é usada nos seguintes casos:
Para assinalar uma interrupção na frase, indicando que o sentido da oração não está completo: “Ela amou o marido de tal maneira que...” / “Moro em...”
Indicar hesitação ou dúvida de quem fala: "Olha... não repare... quer dizer..."
No fim de uma frase, quando se quer sugerir a continuidade da idéia: “Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso...”

ASPAS
( ) – emprega-se nas seguintes situações:
No começo e no fim de uma citação. Exemplo: Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida”.
Para realçar uma palavra ou expressão. Exemplo: O “Êxodo” narra a libertação dos hebreus da escravidão no Egito.

TRAVESSÃO
(-)
Emprega-se nos seguintes casos:
Para assinalar, num texto, a fala das personagens. Exemplo: “ - Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence – disse o filho mais novo”.
Para realçar de maneira especial frases ou expressões explicativas ou apositivas. Exemplo da Bíblia: “E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração – mas vós a tendes convertido em covil de ladrões” (Mt. 21:13).

PARÊNTESES
( )
Assinala uma informação ou observação de caráter explicativo-intercalativo, podendo substituir a vírgula ou o travessão. Exemplos da Bíblia: “E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras?” (Jo. 1:38). / “Porque melhor é que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim o quer) do que fazendo mal” (1 Pe. 3:17). / “Ora, em recompensa disso, (falo como a filhos) dilatai-vos também vós” (2 Co. 6:13). / “Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus) e o irmão Sóstenes” (1 Co. 1:1).

PONTO ( . )
É usado da seguinte forma:
No fim de uma frase declarativa. Exemplos da Bíblia: “Jesus chorou”. (Jo. 11:35). / “No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia...” (Gn. 1:1, 2a).
Nas abreviaturas: Gn., Av., a.C. etc.

PALAVRA FINAL:
Decorar tais regras não é tarefa nada fácil. Assim, a melhor maneira de se aprender usar corretamente todos esses sinais, é, sem dúvida, mediante a prática da leitura e da escrita. Quando adquirimos o hábito de ler, mais que aprender cultura, assimilamos naturalmente todas as regras necessárias para se escrever um bom texto, incluindo as regras de pontuação. Portanto: LEIA!

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É isso!

16 comentários:

  1. Primeira regra - a vírgula deve ser usada para separar termos, enumerações ou orações independentes entre si.

    Segunda regra - a vírgula deve ser evitada antes da conjunção aditiva e, com algumas exceções: quando esta tem valor adversativo, liga orações com sujeitos diferentes, ou em caso de polissíndeto, ou seja, repetição em uma enumeração.

    Terceira regra - antes das conjunções adversativas e conclusivas sempre se usa vírgula, não importa se elas estejam iniciando a oração, deslocadas ou intercaladas. Uso facultativo quando iniciam uma frase.

    Quarta regra - a vírgula pode ser usada para separar a oração subordinada adverbial (desenvolvida ou reduzida), com exceção da adverbial consecutiva. A vírgula é obrigatória quando esta está anteposta ou intercalada.

    Quinta regra - a vírgula deve ser usada quando o adjunto adverbial (de tempo, lugar, modo, causa, finalidade etc.) estiver anteposto ou intercalado. É dispensável quando este for apenas um advérbio, pode ser usada em caso de ênfase.

    Sexta regra - a vírgula deve ser usada quando a oração adjetiva é explicativa, seja desenvolvida ou reduzida, e deve ser evitada quando a oração adjetiva é restritiva, salvo se for muito longa ou quando o sujeito e o verbo da oração principal estão lado a lado, ou seja, contíguos

    Sétima regra - a vírgula deve ser usada para separar o vocativo, seja no início, no meio ou no fim da frase

    Oitava regra - a vírgula deve separar as expressões explicativas ou retificadoras

    Nona regra - a vírgula deve separar orações intercaladas

    Décima regra - a vírgula deve ser usada para separar o aposto explicativo ou comparativo, com exceção do aposto especificativo

    Décima primeira regra - a vírgula deve ser usada para separar predicativo, deslocado ou intercalado

    Décima segunda regra - a vírgula deve ser evitada para separar o sujeito e o predicado, o verbo de seu complemento (objeto direto ou indireto), o nome de seu complemento nominal ou adjunto adnominal e a locução verbal da voz passiva do agente da passiva

    Décima terceira regra - a vírgula pode ser usada para separar o sujeito oracional

    Décima quarta regra - a vírgula deve ser evitada para separar a oração subordinada substantiva da oração principal, exceto a substantiva apositiva. Esta, porque tem função de aposto, deve ser separada por vírgula ou dois-pontos

    Décima quinta regra - a vírgula deve ser usada para separar nomes de lugares em indicações de datas e endereços do número da rua

    Décima sexta regra - a vírgula deve ser usada para marcar a omissão de um termo (elipse ou zeugma)

    Décima sétima regra - a vírgula deve ser usada em caso de objetos pleonásticos

    Exemplo: Este filme, eu o vi ontem. (objeto direto pleonástico) / Ao professor, o aluno lhe ligou. (objeto indireto pleonástico)

    Décima oitava regra - a vírgula deve ser usada em caso de anacoluto (ruptura ou irregularidade sintática)

    Exemplo: As mulheres, como podemos confiar nelas? / Os irmãos, é sempre importante ajudá-los.

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    1. Décima nona regra - a vírgula deve ser usada para separar orações justapostas, sem conectivo

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  2. Primeira regra - o ponto e vírgula é usado em orações em que se omite o verbo da segunda:

    Lucas vai ao teatro; Patrícia, à igreja.

    Segunda regra - o ponto e vírgula é usado para separar itens de uma enumeração

    Nos últimos anos eu estudei: história; geografia; biologia; física; química; filosofia; sociologia; redação; interpretação de textos; inglês; espanhol.

    Terceira regra - o ponto e vírgula é usado quando as conjunções adversativas e conclusivas estão deslocadas

    Beatriz se dedicou à empresa; não foi, porém, promovida.
    Felipe se dedicou à empresa; será, portanto, promovido.

    Quarta regra - o ponto e vírgula deve ser usado em orações coordenadas cuja conjunção está implícita

    Viajou para Lisboa; conheceu um novo lugar. (portanto - conclusiva)
    Foi até a praia; não tomou banho de mar. (porém - adversativa)

    Quinta regra - o ponto e vírgula deve ser usado para separar pensamentos independentes

    Helena vai ao shopping; Lívia assiste ao filme.
    Joaquim joga futebol; Antônio vende doces.

    Sexta regra - o ponto e vírgula deve ser usado para separar pensamentos opostos

    Eu gosto do dia; Vítor gosta da noite.
    Eu torço para o Vasco; Luís torce para o Flamengo.

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  3. Primeira regra - os dois-pontos devem ser usados em uma citação ou explicação

    Disse Descartes: ''Penso, logo existo''

    Não era muito intelectual: era sem inteligência ou juízo.

    Segunda regra - os dois-pontos devem ser usados em enumerações, apostos enumerativos ou orações apositivas

    Fui à feira e comprei: maçã, pera e uva.
    João coleciona livros antigos: selos, figurinhas e botões.
    Só lhe peço uma coisa: que venda seu apartamento.

    Terceira regra - os dois-pontos devem ser usados na fala do personagem e antes de expressões explicativas

    E Pedro disse: - Quando voltaremos?
    Estudamos várias matérias, isto é: matemática, informática, direito, administração, português, legislação...

    Quarta regra - os dois-pontos podem ser usados em vocativos de documentos e comunicações oficiais, sendo mais usada a vírgula

    Prezados Senhores: Comunicamos a V. Sas. que a partir do dia 13 (...)

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  4. Usa-se o ponto de interrogação em frases interrogativas diretas

    Você vai iniciar o curso?

    Não se usa ponto de interrogação em frases interrogativas indiretas, mas sim o ponto final.

    João perguntou se ele faria o curso.

    Quando usado com reticências, indica incerteza.

    E agora?... Que vamos fazer?...

    Quando usado com o ponto de exclamação, indica surpresa na realização da pergunta.

    É verdade que Luís vai abandonar o emprego?!

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    1. Também pode indicar indignação a combinação com o ponto de exclamação, além de indicar surpresa:

      Exemplos indicando surpresa:

      Eles se divorciaram de uma hora para outra. Quem diria?!
      Eles viajaram para Londres. Jamais imaginaria isso?!

      Exemplo indicando indignação:

      Ela rouba todo o dinheiro da mãe. Ela não faria uma coisa dessas?!

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  5. Primeira regra - o ponto de exclamação é usado após interjeições e em frases exclamativas

    Luís ficou em primeiro lugar!
    Estou furiosa com o ocorrido de ontem!
    Viva! Eis o Sol: hoje vai dar praia!
    Ah! João, se soubesse quanto eu te amo!

    Segunda regra - o ponto de exclamação é usado em frases imperativas e em vocativos, substituindo a vírgula

    Cuide dos seus deveres!
    Pedro! Não coma tão rápido!

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    1. Quando usado com reticências, indica incerteza.

      Nossa!... Que problema!...

      Quando usado com ponto de interrogação, indica surpresa ou indignação.

      Ela lá pensaria isso de mim?!
      Eu lá beijaria uma boca daquelas?!

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  6. Primeira regra - as reticências são usadas para indicar a suspensão de uma ideia ou pensamento, ou uma ação inacabada

    Às vezes, fico pensando que...
    Os dias passavam...

    Segunda regra - as reticências transmitem, na linguagem escritas, sentimentos próprios da linguagem falada

    Eu... eu não sei... mas acho que vou viajar.

    Terceira regra - as reticências indicam uma ideia que se prolonga ou realçam uma palavra ou expressão

    Não há motivo para tanto... mistério.
    Agora é sua vez de agir...

    Quarta regra - as reticências indicam uma interrupção nos diálogos ou uma citação incompleta

    - Passei pela loja e fui...
    - Houve experiências inesquecíveis [...], além de momentos de alegria e de tristeza [...]

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  7. Primeira regra - as aspas são usadas em citações e transcrições de outros textos

    Disse Júlio César: ''Vim, vi, venci''.
    ''Vi uma estrela tão alta, vi uma estrela tão fria''. (Manuel Bandeira, A Estrela, 1940).

    Segunda regra - as aspas são usadas no início e no fim de estrangeirismos, gírias, neologismos, arcaísmos e expressões populares

    Os seguidores adoram ''tuitar''.
    Fui à ''botica'' para comprar o remédio.
    Já recebemos o ''software'' de trabalho?

    Terceira regra - as aspas são usadas no início e no fim de palavras a serem destacadas, conferindo-lhes ironia ou ênfase

    Que ''inteligência'' a sua! Você conseguiu restaurar o celular de sua mãe?
    O irmão levou um ''fora'' redondo do tio.

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    1. Quarta regra - as aspas são usadas em títulos de livros, obras de artes, filmes e músicas, podendo ser substituídas pelo itálico

      Estamos lendo ''Os Lusíadas'' escrito por Camões.

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  8. Primeira regra - os parênteses são usados em explicações, comentários, considerações e reflexões sobre algo mencionado na frase

    Existem dois tipos de conjunções subordinativas: as integrantes (que iniciam orações substantivas) e as adverbiais (que iniciam orações adverbiais).

    Segunda regra - os parênteses são usados na separação de orações intercaladas com verbos de elocução ou dicendi. Nesse caso, a pontuação mais frequente é o travessão.

    Há quem explique (embora eu não creia nisso) essas mentiras de deuses gregos e romanos.

    Terceira regra - os parênteses são usados na introdução de dados bibliográficos, biográficos e indicações cênicas em uma peça de teatro

    Gregório de Matos (Salvador, 1636 - Recife, 1696), foi um advogado e poeta.
    ''Ouçamos o Evangelho, e ouçamo-lo todo, que todo é do caso que me levou e trouxe de tão longe.'' (Padre Antônio Vieira, Sermão da Sexagésima, 1655)
    Rodrigo (sai pela direita) - Fiquei preso no trânsito.

    Quarta regra - os parênteses indicam a possibilidade alternativa de leitura no gênero masculino ou feminino, bem como no singular ou no plural

    Os(as) interessados(as) dever-se-ão candidatar à vaga de emprego.

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  9. Primeira regra - o travessão é usado no discurso direto para iniciar a fala do personagem, marcar a troca de interlocutor e mudança para o narrador através de verbos dicendi

    — Quem é você? - perguntou o cliente.
    — Sou Edson. - respondeu o vendedor.

    Segunda regra - o travessão pode substituir a vírgula nas orações intercaladas

    O acordo foi cumprido — mas sei que deve ser assinado — e isso me tirou o apetite.

    Terceira regra - o travessão realça uma informação sobre um elemento da frase, e destaca o aposto

    Ele concretizará seu objetivo — aumentar a oferta e reduzir a vaga — até chegar à empresa.
    Aquelas duas meninas — Carolina e Fernanda — ajudaram no fim da festa.

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  10. Primeira regra - os colchetes são usados em construções previamente separadas por parênteses

    41 x 36 [7: (5 x 4)]
    Existem dois tipos de orações adjetivas: as restritivas (que restringem o sentido) e as explicativas (que generalizam o sentido)]

    Segunda regra - os colchetes são usados quando há acréscimo de uma informação em uma citação:

    Disse Sócrates: ''Só sei que [eu] nada sei''.

    Terceira regra - os colchetes são usados com a palavra sic, em transcrições para indicar erros no texto original.

    João reaveu [sic] sua carteira. (o correto seria reouve)

    Quarta regra - os colchetes são usados em transcrições fonéticas

    queda [keda]

    Quinta regra - os colchetes são usados em definições do dicionário, para fazer referência à etimologia da palavra

    técnico [do gr. tekhnikós]

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    1. Os colchetes ou parênteses retos têm a mesma função dos parênteses, mas seu uso se limita a textos de linguagem técnica e de cunho didático, filológico, linguístico e científico. O uso mais largo desse sinal ocorre na matemática, quando os colchetes precedem os parênteses em uma equação.

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  11. Sinais de melodia ou entonação - dois-pontos, ponto de exclamação, ponto de interrogação, reticências, aspas, parênteses e travessão
    Sinais de pausa - ponto, vírgula e ponto e vírgula

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